Cartazes faziam parte de uma campanha que defende o uso da camisinha. Quatro milhões participaram da 15ª do evento, segundo a organização.
Uma multidão ocupou a Avenida Paulista, desfilou, se exibiu e dançou valsa. As personalidades mais antigas do mundo e as mais poderosas apareceram por lá. Assim como alguns políticos. Mesmo à noite, milhares de pessoas permaneceram nas ruas.“Nós queremos dizer para a sociedade brasileira que nós não queremos transformar as pessoas em homossexuais. Nós queremos a convivência pacífica, a convivência cidadã, de todas as diferenças, nós homens, mulheres, negros e negras, todas as pessoas”, diz Ideraldo Luís Beltrame, presidente da Associação da Parada GLBT.
A convivência foi pacífica mesmo. Nenhum incidente grave foi registrado durante o evento. A decoração da festa é que causou polêmica. O motivo foram os cartazes de uma campanha que defende o uso da camisinha.
As imagens mostravam santos musculosos. A Igreja Católica considerou um desrespeito. “Isso ofende profundamente, fere o sentimento religioso do povo. O uso debochado da imagem dos santos é ofensivo e desrespeitoso, que nós desaprovamos. Quando dizem que nem santo salva da AIDS, é verdade. O que salva da AIDS são comportamentos corretos, responsáveis, respeitosos, dignos. Isso salva da AIDS”, declara Cardeal Dom Odilo Scherer, arcebispo metropolitano de São Paulo.