quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Polícia Civil e Prodepa desarticulam desvio de sinal da internet em Uruará


A Polícia Civil deflagrou em Uruará, sudoeste do Pará, a operação "Gato Net" que visa combater o furto do sinal de internet, do sistema Navega Pará, administrado pela Empresa de Processamento de Dados do Pará, a Prodepa, órgão do Governo do Estado. Ontem, três pessoas foram presas em flagrante pelo crime. As prisões resultaram de investigações realizadas na região para apurar o esquema detectado pela Prodepa. Segundo o superintendente regional da Polícia Civil no Xingu, delegado Cristiano Nascimento, a Prodepa detectou, através de seus técnicos, em Belém, que estava ocorrendo o furto do sinal de internet em Uruará. No decorrer da apuração, foram detectados os órgãos do Estado onde ocorria o vasamento do sinal. Acionado pelo diretor de Polícia do Interior, delegado Sílvio Maués, o delegado Cristiano recebeu determinação para investigar o crime. O superintendente chegou em Uruará, na última segunda-feira, juntamente com o chefe-de-operações da Superintendência, investigador Diniz, para coordenar a operação policial na cidade iniciada no dia de ontem. Foi quando três pessoas identificadas como as pessoas que estavam se beneficiando dos desvios do sinal da internet, a partir de um órgão público, foram presas. O sinal era desviado para as residências dos acusados e para um estabelecimento comercial de despachante. "Assim, autuamos essas pessoas em flagrante, por furto. Como a pena máxima do crime é de 4 anos de prisão, por lei, elas tiveram o direito de pagar fiança arbitrada por mim e todos foram liberados para responder em liberdade”, explicou o delegado Cristiano. O fato foi comunicado ao juiz de Direito, da Comarca de Uruará, Vinícius de Amorim Pedrassoli, e ao Ministério Público local, para continuidade ao inquérito e ao processo criminal na Justiça. Cristiano Nascimento ainda revelou outros detalhes da operação: “Conseguimos suspender o sinal da Prodepa no município para ser depois reativado, assim, cancelando todos os furtos ocorridos", explica. Segundo ele, as investigações irão prosseguir para chegar ao responsável pelo furto e venda do sinal do sistema Navega Pará na cidade. "Sabemos que o desvio foi feito via sistema wireless (rede de internet sem uso de cabos), o que torna mais complicada a investigação. Por isso, a gente suspendeu o sinal para que, quem estivesse comprando internet do sistema, ficasse sem sinal. Foi colocada uma senha de bloqueio. As investigações mostram ainda que os desvios do sinal de internet aconteciam ainda a partir de um órgão federal. O delegado Cristiano Nascimento afirma que os diretores dos órgãos estavam de boa fé. "Isso foi constatado. O furto se deu através de servidores que aproveitaram do fato de terem o sistema Navega Pará e, assim, conseguiam cabiar o sinal para suas residências, o que já foi bloqueado. Esses servidores irão responder a processos criminais, que serão encaminhados ao Poder Judiciário”, concluiu. As três pessoas, que furtavam a internet, não tiveram os nomes revelados. Com elas, foram apreendidos os provedores e os cabos de internet utilizados no furto. A Polícia Civil tem 30 dias para concluir o inquérito. "Ainda serão ouvidas outras pessoas, principalmente, alguns técnicos que atuaram nos órgãos que podem ter feito o raqueamento do aparelho da Prodepa", asseverou Nascimento. A operação foi realizada pelo chefe de operações da Superintendência da Polícia Civil, investigador Diniz, com a colaboração do investigador da Polícia Civil em Uruará, Silvio Alex; sob a coordenação do superintendente, delegado Cristiano Nascimento. Com informaçõpes PC_PARÀ