quarta-feira, 19 de outubro de 2011

REPRESENTANTES DO GOVERNO FEDERAL NÃO NEGOCIAM COM AGRICULTORES

CACHOEIRA SECA - DECEPÇÃO 

Por Cirineu Santos

Dr. Nilton Tubino e Dra. Maria Augusta
Depois de quatro horas de reunião no auditório da prefeitura, no dia de hoje, 18 de outubro, os moradores das vicinais que vivem após a famosa linha vermelha da Cachoeira Seca, saem decepcionados com o parecer dos representantes do governo Federal, Dr. Nilton Tubino e Maria Augusta, assessores da Presidência da República. Eles alegaram que a mesa formada, isto é, a comissão, não tinha valor nenhum para a Presidência.

Vale ressaltar que, esta comissão foi formada por representantes da sociedade civil e organizada para acompanhar todo o processo da Terra Indígena Cachoeira Seca. De Uruará, o Prefeito Municipal Eraldo Pimenta, o Presidente da Câmara de Vereadores Gilmar Milanski, os Presidentes Edson Ferreira (do sindicato de Produtores Rurais) e João Batista (Joãozinho do Sindicato - Sindicato dos Trabalhadores Rurais). Do Município de Placas, Rafael Brandão da Prefeitura, João PT do Sindicato dos Trabalhadores, e ainda, da região, Carlinhos Lima, coordenador da FETAGRI.
Comissão reúne com representantes do Governo Federal
O que se entendeu é que esta comissão foi menosprezada pelos representantes do governo Federal; após quatro horas de reunião com, somente até 100 pessoas (colonos, agricultores, lideranças...), que foram autorizadas a participarem da reunião. As demais tiveram que ficar do lado de fora do auditório, pois foram impedidas de entrarem, por uma barreira formada pela Força Nacional, que alegou estar mantendo a ordem.

Somente alguns agricultores foram autorizados a entrarem
Os agricultores ficaram sem saber o que fazer. Ainda tentou-se por parte da comissão, promover um acordo, uma vez que tanto os índios quanto os agricultores têm seus direitos garantidos. O acordo visava três tópicos: primeiro, parar imediatamente o levantamento que está sendo realizado; segundo, promover uma reunião com o ministro da Justiça e o ministro Chefe da Casa Civil, e, terceiro, debater o impasse e reeditar a portaria, criando um Grupo de Trabalho com a participação das entidades sociais e governo local. Mesmo assim, os representantes do governo Federal, não aceitaram.