O caixão com os restos mortais de João Paulo II foi retirado nesta sexta-feira do túmulo que ocupava na cripta da Basílica de São Pedro e colocado sobre um palanque coberto com uma tela branca diante da monumental tumba de São Pedro. O ataúde permanecerá no local até sábado, quando será levado ao Altar da Confissão da Basílica de São Pedro, para que os fiéis possam venerá-lo uma vez beatificado pelo papa Bento XVI.
Milagre reconhecido para a Beatificação
O caso refere-se ao repentino desaparecimento da doença de Parkinson na religiosa, o mesmo problema que afetou o papa polaco nos últimos anos da sua vida. Segundo a Santa Sé, a cura foi "cumprida por Deus, de modo cientificamente inexplicável, na seqüência da intercessão do sumo pontífice João Paulo II, confiantemente invocado, seja pela própria curada, seja por muitos outros fiéis". Em 2001, Marie Simon-Pierre, na época com 40 anos, trabalhava num hospital de Aix-en-Provence, no sul da França, quando lhe foi diagnosticada a doença de Parkinson. Pouco depois da morte de João Paulo II, a irmã disse ter pedido a intervenção de Karol Wojtyla, durante a noite de 2 para 3 de Junho de 2005, tendo acordado sem qualquer tipo de limitação ou dor.De acordo com o padre Slawomir Oder, postulador (uma espécie de advogado de defesa) da causa de canonização de João Paulo II, entre os documentos que comprovam o milagre estão exemplos da caligrafia da religiosa antes e depois da cura, com uma mudança "impressionante" na letra.