terça-feira, 19 de abril de 2011

Diretoria executiva da Emater faz levantamento da situação do órgão em Altamira


Como estratégia de compreensão e participação na realidade de trabalho da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater), de 12 a 14 de abril a presidente Cleide Amorim e o diretor técnico Humberto Reale visitaram o escritório regional do órgão em Altamira, na Transamazônica, reunindo-se não só com a supervisora regional, Luiza Veras, como também conversando diretamente com todos os nove chefes locais, para conhecer com mais propriedade a situação da Emater em cada município da jurisdição: Altamira, Brasil Novo, Medicilândia, Vitória do Xingu, Pacajá, Senador José Porfírio, Anapu, Porto de Moz e Uruará.
Desde janeiro, o escritório em Altamira já é o sétimo a ser visitado pela diretoria executiva, de um total de 12 que a Emater possui. Os outros cinco serão percorridos até o próximo mês de julho. Além disso, a presidente pretende estar pessoalmente em pelo menos 80% dos 139 escritórios locais até o fim do ano, "porque a melhor maneira de participar é perceber ao vivo", explica. Dessa vez, também foram visitados os escritórios locais de Altamira, Brasil Novo, Medicilândia e Vitória do Xingu.
"A Emater vive um novo momento. Olhamos para o futuro, mas não ignoramos o passado. O que houver de problema temos que resolver; o que houver de mérito e eficiência nós temos que fortalecer. Nossa disposição é ouvir todas as equipes e buscar soluções, de modo que os serviços da Empresa tenham cada vez mais excelência, que as necessidades dos agricultores consigam ser satisfeitas e que os extensionistas possam trabalhar com qualidade, sendo valorizados como merecem", diz Cleide Amorim.

Para Humberto Reale, "ninguém na Emater vai trabalhar sem a compreensão, por parte da diretoria executiva, das dificuldades específicas que cada um enfrenta. Nosso trabalho é em equipe - e a equipe da Emater inclui desde a presidência até qualquer extensionista no mais longínquo município", afirma.
Primeiro em um encontro geral, no dia 12, com a supervisora Luiza Veras, os nove chefes locais e outros extensionistas das equipes, a presidente reiterou a disposição da nova gestão em "saber e solucionar". "Queremos que todos tenham verdadeiras condições de trabalho. Mas que fique claro que todos também serão devidamente cobrados, no sentido de eficiência obrigatória de agentes públicos e de idoneidade. Qualquer indício de irregularidade será rigorosamente investigado e as medidas jurídicas, tomadas. Esta é uma gestão de transparência e honestidade", esclareceu.
Além de conhecer pessoalmente cada coordenador local, a presidente e o diretor anotaram as reivindicações e assistiram a uma apresentação do resumo de atividades em cada município. As principais dificuldades relatadas pelos extensionistas foram de infraestrutura de prédios, alguns sem segurança, e falta de veículos adequados, móveis, telefonia e internet.
Depois, a presidente e o diretor se reuniram individualmente com cada equipe, aprofundando o contato. Todas as reclamações foram registradas, com a maioria tendo sua solução garantida pela fala da própria presidente, que anunciou, por exemplo, a construção de um novo prédio para o escritório local de Medicilândia, e a implantação, ao longo deste ano, de unidades gestoras em cada região. "Assumimos uma Emater desgastada e desestruturada. Nossos esforços, porém, têm conseguido mostrar ao governo do estado o imenso potencial que a Emater tem para o trabalho", diz.
Ela complementa: "Estamos resgatando parcerias, regularizando convênios, liberando recursos e principalmente, pouco a pouco, na medida do possível, com a capacidade operacional e orçamentária atual, equipando os escritórios. Nosso interesse é justamente a gestão participativa: todos com o seu valor, atuando com espírito e prática de equipe, tudo em prol do agricultor familiar... e nos informando imediatamente dos problemas que muitas vezes, de longe, demoramos para descobrir".
O técnico agropecuário Josué Cavalcante, do escritório local de Altamira, parabenizou a presidência "pela aproximação inédita - em nível pessoal e profissional - dos extensionistas da ponta". Já o engenheiro agrônomo Neuber Brandão, também de Altamira, contou que "a sensação de potencial desperdiçado, reprimido, começa a se resolver quando a gestão se aproxima e entende a importância de cada profissional".
O técnico agrícola Raimundo Araújo, do escritório de Vitória do Xingu, emocionou-se: "Tudo o que tenho devo à extensão rural. Para mim, significa muito ter a presidente da Emater aqui frente a frente, com toda a consideração pela dedicação que nós do campo empreendemos no dia a dia", afirma.
Quanto à política de valorização de funcionários, a presidente ratificou o estímulo à capacitação contínua, à produção científica e a canais de comunicação interna. Ela inclusive chegou a anunciar que, no segundo semestre deste ano, a Emater lançará o concurso "Extensionista 45 anos", que premiará um extensionista representativo dentro da programação do aniversário de 45 anos da Empresa, completados em dezembro de 2010.
Foi antecipado, também, que, no fim de maio, os 12 supervisores regionais se reunirão com a presidência, as diretorias e os outros setores da Emater para estabelecer em conjunto um plano de trabalho que atenda às demandas de todos os municípios, às diretrizes do governo do estado e ao compromisso da Empresa em promover o desenvolvimento da agricultura familiar do Pará.

Belo Monte

Também na terça-feira, 12, em Altamira, o diretor técnico Humberto Reale participou de reunião, convocada pela consórcio Norte Energia, sobre a possibilidade de formulação de um modelo de assistência técnica para famílias afetadas pela construção da Usina de Belo Monte, que devem ser reassentadas na região.