O
Sistema Integrado de Segurança Pública do Pará apresentou, na tarde
desta quinta-feira, 17, na sede da Polícia Civil, em Belém, em
entrevista coletiva a jornalistas, cinco presos – quatro homens e uma
mulher – por envolvimento nos assaltos a duas agências bancárias e a um
posto lotérico, em Novo Repartimento, sudeste do Pará. As prisões foram
realizadas ontem, dia 16, nos municípios de Altamira, Pacajá e Bom Jesus
do Tocantins, nas regiões sudoeste e sudeste do Estado. Com os presos,
foram apreendidas três pistolas – duas de calibre .40 de uso restrito às
Polícias e uma calibre 380 – e um revólver calibre 38, além de cinco
pentes de calibre 12; R$ 20 mil em dinheiro; 20 cabeças de gado; dois
computadores portáteis; dois carros e uma moto.
A coletiva de imprensa, presidida pelo
delegado-geral da Polícia Civil, Nilton Atayde, contou com as presenças
dos diretores da Polícia do Interior, Sílvio Maués, e de Polícia
Especializada, João Bosco Rodrigues; do delegado André Costa, da
Delegacia de Repressão a Roubos a Bancos; dos delegados Cláudio Galeno,
diretor do Núcleo de Inteligência Policial, e Sérvulo Cabral, diretor de
inteligência da SIAC (Secretaria Adjunta de Análise Criminal), e do
coronel Saraiva, da Polícia Militar do Pará. As investigações tiveram
início no dia 4, quando foram registrados os roubos em Novo
Repartimento. Ao todo, de acordo com o delegado André Costa, responsável
pelas investigações, todos os valores obtidos com os roubos foram
usados para adquirir gado, como forma de lavar o dinheiro roubado. “As
investigações prosseguem. Ainda restam quatro pessoas procuradas. Ainda
não podemos relacionar os assaltos em Novo Repartimento com os outros
dois assaltos ocorridos em dias anteriores na região”, explica.
Conforme o delegado André, o bando não
possui uma liderança única. Um dos envolvidos no roubo já tem passagem
por roubo em Altamira. Ouvidos preliminarmente, os presos já confessaram
a participação nos assaltos. Segundo o coronel Saraiva, o sargento tem
sete anos de PM no Pará, mora em Altamira, mas trabalha em Pacajá. Ele
foi quem deu as informações necessárias sobre a chegada do dinheiro ao
banco à quadrilha. Já a mulher é apontado como a pessoa que deu apoio
logístico ao bando. Cada um dos envolvidos, informou o delegado André
Costa, recebeu R$ 50 mil do roubo. O delegado Sílvio Maués, diretor de
Polícia do Interior, destacou que a prisão do bando só foi possível
graças à contínua ação conjunta das Polícias na região. “Isso foi
decisivo para o resultado”, assevera. Todas as armas e a munição ainda
passarão por perícia para saber se foram as mesmas usadas nos roubos. O
bando permanecerá recolhido no Sistema Penitenciário do Estado à
disposição da Justiça. FOTOS: JOEL LOBATO (ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO DA
POLÍCIA CIVIL/PA).