Está preso em Mãe do Rio, região
Guajarina, nordeste do Pará, Jesus Roberto Nunes de Assis, de 33 anos,
que se passava por pastor evangélico para conquistar a confiança de
pessoas e praticar roubos no município. As informações foram divulgadas
nesta quarta-feira, 28. O delegado Alexandre Calvinho, titular da
Delegacia de Mãe do Rio, apurou que o acusado não levantava suspeitas
das vítimas e agia sempre em companhia de outro falso evangélico, José
Carlos da Silva Cunha, que está foragido. Os dois conseguiram praticar
vários roubos em 15 dias no município.
A dupla agia sempre da mesma forma. Após
os falsos pastores frequentarem a casa das vítimas e conhecerem a
rotina das pessoas, eles arquitetavam os crimes. “Eles entravam de
capacete ou capuz e geralmente levavam outro bandido que entrava na
casa, 'de cara limpa', para anunciar o assalto. Após levarem o dinheiro
da vítima, os bandidos amarravam as pessoas com fio e fugiam”, apurou o
delegado. Em 15 dias, quatro roubos semelhantes foram registrados na
Delegacia. Jesus, ao ser preso, estava junto com um adolescente também
envolvido nos crimes. Jesus não gerava suspeitas, pois se passava por
dirigente de uma igreja evangélica.
No entanto, a esposa dele confessou, aos
policiais, que o companheiro participou do crime. Ela também apresentou
na Delegacia a arma usada nos roubos escondida na casa de José Carlos.
Em depoimento de uma das vítimas, o delegado apurou que os criminosos
agiram de forma violenta com armas em punho. Um dos policiais envolvidos
na prisão do acusado, investigador Ismael Troitinho, relatou ter
efetuado a prisão do acusado depois de receber um telefonema informando
que uma residência havia sido assaltada na Rua Castelo Branco. O
policial civil conta ter ido ao local, porém os assaltantes já haviam
fugido. Com o andamento das investigações sobre o roubo, juntamente com
o Roque e tenente Joacir, os policiais descobriram que um grupo de
criminosos havia alugado motocicletas de um homem conhecido por “Faísca”
para praticar o roubo.
Assim, os policiais passaram a
procurá-los até encontrar Jesus e seu primo, adolescente, na casa do
responsável pela locação do veículo. Foram encontrados ainda capacetes
com as mesmas características dos usados no roubo em poder dos acusados.
Em depoimento, o adolescente confessou que Jesus é proprietário de um
revólver calibre 38 e que o comparsa dele nos assaltos era José Carlos
Cunha. Os policiais foram até a casa de José Carlos para prendê-lo, no
entanto, ele não foi encontrado. Ao revistarem o local, os policiais
encontraram uma fita tipo Durex utilizada para imobilizar e amarrar as
vítimas durante os roubos. Jesus irá permanecer preso. José Carlos será
indiciado em inquérito e deverá ter a prisão requisitada ao Poder
Judiciário.