O escritório local da Empresa de
Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) em
Uruará, na Transamazônica, está ajudando plantadores de cacau a se
mobilizar para melhorar a cotação do fruto no mercado local. Nos últimos
meses, a produção cacaueira na região tem gerado lucros mínimos ou
inexistentes. A primeira reunião nesse sentido aconteceu na última
quarta-feira, 28, na sede da Comissão Executiva do Plano da Lavoura
Cacaueira (Ceplac), com a presença de lideranças de pelo menos 30
comunidades de agricultores familiares e de representantes da Emater,
Ceplac, Banco do Brasil e Banco da Amazônica.
A proposta é que, a partir de novos encontros, as instituições e os cacauicultores possam promover, até o fim deste semestre, um evento maior, como uma conferência ou um seminário, que identifique os problemas e aponte soluções para a comercialização do cacau produzido pela agricultura familiar em Uruará. “Um dos gargalos históricos é a falta de organização social dos agricultores, que comercializam avulsamente e acabam se tornando reféns de atravessadores, que praticam uma espécie de agiotagem, antecipando a compra da colheita e cobrando juros depois”, explica o chefe do escritório local da Emater, o técnico em agropecuária Gilson Barboza.
Outra dificuldade, segundo ele, é o subaproveitamento do fruto, já que os produtores só vendem a amêndoa, jogando a polpa fora. “Nem na própria alimentação as famílias têm a tradição de incluir a polpa, que pode se tornar um ótimo ingrediente da merenda escolar, por exemplo, por meio do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae)", lamenta.
A proposta é que, a partir de novos encontros, as instituições e os cacauicultores possam promover, até o fim deste semestre, um evento maior, como uma conferência ou um seminário, que identifique os problemas e aponte soluções para a comercialização do cacau produzido pela agricultura familiar em Uruará. “Um dos gargalos históricos é a falta de organização social dos agricultores, que comercializam avulsamente e acabam se tornando reféns de atravessadores, que praticam uma espécie de agiotagem, antecipando a compra da colheita e cobrando juros depois”, explica o chefe do escritório local da Emater, o técnico em agropecuária Gilson Barboza.
Outra dificuldade, segundo ele, é o subaproveitamento do fruto, já que os produtores só vendem a amêndoa, jogando a polpa fora. “Nem na própria alimentação as famílias têm a tradição de incluir a polpa, que pode se tornar um ótimo ingrediente da merenda escolar, por exemplo, por meio do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae)", lamenta.
Para Barboza, a constituição e o fortalecimento de associações e
cooperativas devem aumentar o poder de negociação de preços por parte
dos produtores. A agroindustrialização, com produção de manteiga de
cacau, sobretudo, e a aplicação de tecnologias (adubação química e
correção de solo, entre outras iniciativas) também podem tornar a
atividade mais lucrativa e agregar mais qualidade aos produtos, em uma
região onde o cultivo do fruto é um dos carros-chefes da economia rural,
competindo em pé de igualdade com a pecuária.
De acordo com dados da Emater, atualmente cerca de 2,5 mil famílias de Uruará cultivam mais de mil hectares de cacau.
Texto:
Aline Miranda - Emater