Os dois homens acusados de praticar o crime foram presos em flagrante
O professor Anísio Uchoa, que ensina na Escola Polivalente de Altamira, foi assaltado e espancado na madrugada de ontem, por dois homens supostamente conhecidos da vítima. De acordo com informações fornecidas pelo professor, que se encontra internado no Hospital Regional da Transamazônica, na noite de quinta-feira passada, ele foi procurado em sua residência por um conhecido de prenome Jeferson, que estava acompanhado de outro homem que a vítima afirma não conhecer. Depois que os dois indivíduos entraram na casa do professor, eles dominaram e amordaçaram a vítima e o colocaram dentro de seu veiculo, um Cross Fox. Os dois levaram da residência um notebook, R$ 1600 em espécie e cartões de crédito pertencentes a Anísio Uchoa.
Ainda de acordo com a versão do professor, os dois homens seguiram para a rodovia Transamazônica, mas antes se dirigiram a uma agência bancaria situada no centro de Altamira. Chegando no banco, ao perceberam que os caixas já haviam encerrado o atendimento, os dois levaram a vítima, que é homossexual, para a estrada, no sentido do município de Brasil Novo. Segundo Anísio, em certo trecho da Transamazônica os homens pararam o carro e passaram a espancá-lo, deixando seu rosto irreconhecível.
Depois, eles quebraram o braço direito de Anísio e aplicarem várias pancadas na cabeça do professor. Desconfiados que a vítima já estivesse morta, os dois homens o enterraram em uma cova rasa. Segundo o relato de Anísio, quando ele notou que os rapazes haviam saído do local, mesmo muito ferido, ele conseguiu sair do buraco e alcançou a estrada, onde foi socorrido por motoristas.
Na tarde de ontem, o delegado Silvio Maués, diretor do DPI da Polícia Civil do Pará, informou que os dois envolvidos no crime foram presos na zona urbana de Altamira. "A vítima foi enterrada em cova rasa e teve forças para cavar e andar até a estrada", resumiu Maués.
Na tarde de ontem, a APOLGBTTX (Associação da Parada do Orgulho LGBT da Transamazônica e Xingu) protocolou pedido de providencias na Secretaria de Justiça e Direitos Humanos em Altamira e delegacia de policia civil, na Superintendência Regional do Xingu.
Fonte: interjornal