As equipes especializadas atuam no Sítio Pimental, no Travessão 27, no Sítio Belo Monte e no Sítio de Diques, todos distribuídos entre os municípios paraenses de Vitória do Xingu e Altamira. Entre os mamíferos, os pesquisadores encontraram preguiças, pequenos roedores e tatus. As aves são encontradas em menor quantidade e, na grande maioria, são ninhos, ovos ou filhotes. “Elas são mais difíceis de serem resgatadas, pois a maioria foge com o barulho”, conta o biólogo e pesquisador da empresa Biota – Projetos e Consultoria Ambiental, Renato Cardoso Barbosa. Entre as aves encontradas estão papagaios, periquitos e corujas.
As espécies capturadas são levadas à Base de Resgate da Fauna, situada próxima ao Sítio Pimental e dispõe de infraestrutura para tratamento médico-veterinário, acondicionamento e identificação dos animais. No local, as espécies são medidas, pesadas, marcadas e, se necessário, recebem tratamento de saúde. Por fim, os animais são liberados em áreas seguras, com o cuidado de estarem em local próximo àquele onde foram encontrados.
O trabalho integra o Plano de Conservação do Ecossistema Terrestre e está presente no Programa de Conservação da Fauna Terrestre, incluídos no Plano Básico Ambiental (PBA). Segundo o gerente de Gestão Ambiental da Norte Energia, Antônio Neto, iniciativas como esta é que fazem da implantação da hidrelétrica um projeto sustentável. “Existe uma preocupação com a floresta e com os animais. Belo Monte, entre todas as peculiaridades, também contempla da fauna. Este Programa de Conservação contribui para a preservação das espécies da Amazônia”, conclui.