quinta-feira, 5 de maio de 2011

Altamira e Santarém lideram casos de dengue no Pará

O 11º Informe da Situação da Dengue no Pará aponta que, no período de 1º de janeiro a 30 de abril deste ano, foram notificados 14.434 casos da doença, dos quais 5.800 foram confirmados. O documento foi divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) na tarde desta quinta-feira, 5.

Os municípios com mais casos notificados são Altamira (1293), Santarém (1132), Marabá (954), Parauapebas (937), Belém (803), Tucuruí (512), Marituba (473), Itaituba (453), Novo Progresso (398), Castanhal (385), Paragominas (374), Monte Alegre (298), Cametá (250), Abaetetuba (247), Novo Repartimento (243), Ulianópolis (240), Pacajá (232), Salinópolis (221), Breu Branco (218) e Jacundá (211).

Em relação aos casos confirmados, os municípios com maior registro são Altamira (814), Santarém (619), Marabá (443), Parauapebas (373), Belém (359), Tucuruí (327) e Marituba (297). Até o momento, houve sete óbitos por dengue no Estado, sendo duas em Belém e uma em Altamira, Pacajá, Santarém, Soure e Tucuruí. 


A Coordenação Estadual de Controle da Dengue informa ainda que o monitoramento continua sendo intensificado nos 77 municípios prioritários, que já receberam visita de técnicos da área de Vigilância à Saúde da Sespa e do Grupo de Mobilização Social, no intuito de envolver gestores, trabalhadores, organizações não governamentais e demais segmentos no combate à dengue. As principais ações são a notificação imediata de todos os casos suspeitos de dengue e o combate aos focos de mosquito Aedes aegypti nos locais das notificações, evitando o surgimento de novos casos.

A Sespa recomenda que a população deve continuar vigilante, assim como os profissionais nas unidades de saúde, pois ainda não acabou o período de sazonalidade da dengue, quando aumenta o risco de contrair a doença.

Tipo 4

Além disso, já foram confirmados 11 casos de dengue tipo 4 (DENV4) no Pará, sendo 10 em Belém e um em Ananindeua, o que requer vigilância dobrada em função do risco de epidemia, já que a maioria das pessoas ainda não entrou em contato com esse sorotipo da doença. A Coordenação Estadual de Controle da Dengue afirma que não houve epidemia causada pelo sorotipo 4 por causa das ações imediatas desenvolvidas pelas Secretarias Municipais de Saúde.

Os 10 casos de dengue tipo 4 em Belém ocorreram nos bairros de Maracacuera, Águas Negras, Tenoné, Pratinha, Cabanagem, Marambaia, Marco, Canudos e Condor. Em Ananindeua, o caso foi registrado no bairro do Coqueiro. Todos os casos foram tratados a tempo e não apresentaram manifestações hemorrágicas.

Para minimizar o impacto da circulação do novo vírus, as Vigilâncias Epidemiológicas de Belém e Ananindeua realizaram as seguintes ações: investigação de campo para avaliação do caso e determinação da amplitude da circulação viral, investigação para identificar onde os pacientes infectados e intensificação do combate ao mosquito adulto e às larvas, por meio de controle biológico e químico. Também há orientação quanto à criação dos comitês municipais de combate à dengue, e a gestores de escolas, técnicos e funcionários da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), visando a formação de multiplicadores para ações preventivas.

A Unidade Sentinela, que funciona no Hospital Abelardo Santos, encaminhou, até o momento, 97 amostras para análise ao Laboratório Central do Estado (Lacen), das quais 31% tiveram resultado positivo para dengue e foram encaminhadas ao Instituto Evandro Chagas (IEC) para identificação do vírus circulante. A finalidade desse trabalho é apenas identificar os sorotipos existentes na cidade.

Seguindo diretriz do Ministério da Saúde, a Sespa continua a vigilância sobre os casos graves e óbitos suspeitos de dengue, exigindo que os municípios informem em 24 horas à Coordenação Estadual de Controle da Dengue a ocorrência de casos graves ou suspeita de óbito pela doença. O objetivo é fazer o bloqueio vetorial na área e evitar que mais pessoas adoeçam. Até hoje foram internados 210 pacientes suspeitos de dengue com complicação, dos quais cinco continuam sob avaliação médica e os demais tiveram alta por cura.

Mozart Lira - Ascom Sespa